quinta-feira, 31 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Historial
1. Introdução
O campo da Ação Social é por definição o espaço
da solidariedade do voluntariado e da partilha responsável. As
instituições particulares de solidariedade social – IPSS’s, são o exemplo vivo
e atuante desse movimento imparável de pessoas, grupos que “fazem com que as
coisas aconteçam” no mundo, começando pelo “mundo” próximo, a nossa aldeia, o
nosso bairro, ou a nossa terra. A Acão Social executa-se essencialmente através
destes agentes dinâmicos diversificados que fazem no quotidiano mais justiça
social, contribuindo assim ativamente para a efetivação dos direitos sociais
das pessoas, sobretudo das que têm menos acesso e menos oportunidades. Mas o momento é de mudança, não certamente de
mudança nos objectivos, na missão que nos orienta e nos movimenta, que é a de
construirmos todos os dias melhores condições de vida e possibilitar mais
felicidade às pessoas e às famílias, mas na forma de fazer, de gerir e de estar
das instituições. Desafio que se coloca aliás a todas as organizações públicas
ou privadas. Lembremos o provérbio chinês que diz: "Quando
os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem
moinhos de vento." A nossa Instituição está atenta, quer ser útil,
quer fazer mais e melhor, por isso pertence ao último grupo – os que constroem
moinhos de vento, aproveitando os ventos da mudança para irem mais além. A CerPorto – Associação para o
Desenvolvimento Comunitário do Cerco do Porto, é uma Instituição Particular de
Solidariedade Social, sem fins lucrativos e reconhecida como sendo uma
Instituição de Utilidade Publica, registada na Direcção Geral de Acção Social
no livro Nº 7 das Associações de Solidariedade Social sob o Nº 55/99 e iniciou
a sua actividade em 21/07/1995. Está ao serviço
da população do Bairro do Cerco do Porto e da Freguesia de Campanhã. Tem a Valência de C.A.T.L. – Centro de
Actividades de Tempos Livres – e as instalações de que dispõem têm capacidade
para 40 crianças diárias e tem um Protocolo de Rendimento Social de Inserção -
R.S.I., que acompanha 240 famílias.
2. Caracterização da CerPorto
2.1. Meio Sócio-cultural e Económico
A CerPorto encontra-se inserida e sedeada, no Bairro do Cerco do Porto, na Rua
Cerco do Porto, Bloco 33, Entrada 1069, Traseiras na Freguesia de Campanhã. A freguesia de Campanhã, situada na zona oriental
da cidade do Porto, constitui uma das zonas urbanas mais desfavorecidas da
cidade. É, geograficamente, a maior freguesia da cidade (representa 1/5 da
mesma), e a segunda mais populosa, com cerca de 40 mil habitantes. A sua localização periférica, associada a um
conjunto de factores de ordem económica e social, contribuíram para a actual
situação da freguesia. Programas consecutivos de realojamento, sem articulação
com políticas urbanas mais globais e sem uma componente social, fizeram com que
esta zona seja caracterizada pela existência de inúmeros bairros de habitação
social, o que tem tido consequências negativas cada vez mais evidentes, em
diversos domínios. Existem 13 Bairros Sociais em Campanhã, um total
de cerca de 4000 fogos e uma estimativa de 12 mil habitantes a residir nesse
contexto habitacional (segundo dados do Estudo Socioeconómico da Habitação
Social – Porto, do Pelouro de Habitação e Acção Social da Câmara Municipal do
Porto de 2001). Segundo dados do Programa Urban II (2001),
a freguesia de Campanhã, concentra quase metade da habitação social da cidade
do Porto, facto que tem criado situações críticas de ruptura social e obrigado
a Câmara a uma intervenção intensiva, nos últimos anos. No que se refere ao Bairro do Cerco, onde está
sedeada a CerPorto, este é hoje um espaço sobretudo de desemprego e de pessoas
com ocupações que testemunham uma fragmentação do que era antigamente o
operariado. A transmissão de testemunho que se fazia de avô
para pai e de pai para filho em termos de profissão e de estilo de vida
operária interrompeu-se. Temos
hoje na geração mais nova muita gente desocupada e alguma dedicada a economias
informais. Uma outra questão muito importante é o facto de, à conta do fenómeno
droga, este bairro como tantos outros da freguesia, passou a ser visto pelo
cidadão comum como sítio muito problemático, que só traz problemas à cidade. A
isto chama-se estigma. A população do Bairro do Cerco do Porto
caracteriza-se essencialmente por baixos níveis de escolaridade, abandono
precoce da escola, profissões pouco qualificadas, precárias condições de
trabalho, desemprego de curta e longa duração, más condições de habitabilidade,
com problemas de saúde agravados pelas carências económicas e muitas vezes pela alimentação
deficitária.Também
assistimos a um aumento da população alcoólica, um aumento do abandono escolar
e alguns sem-abrigo. Com habilitações académicas muito baixas e,
muitas vezes com pouca ou nenhuma formação profissional, as famílias são
potenciais desempregados, pela pouca experiência profissional, normalmente
indiferenciadas e com grande dificuldade de colocação profissional, muitas
delas já com sinais visíveis de desencorajamento e de desafeição pelo trabalho. São famílias marcadas pelo fenómeno da exclusão
sob várias perspectivas, sem acesso a bens e serviços fundamentais, sem
qualquer tipo de participação e poder, ocupando um lugar na sociedade, por
vezes, muito desvalorizado socialmente, que provêm de estratos sociais muito
baixos, tendo normalmente crescido e vivido em circuitos de marginalidade, em
que a escola, a formação profissional, o emprego, os horários e as regras de
conduta não existem, ou são muito ténues.
2.2. Corpos Gerentes
Assembleia-geral
Presidente da Mesa
1.º Secretário
2.º Secretário
Direcção
Presidente
Vice-Presidente
1.º Secretário
Tesoureiro
Vogal
Conselho Fiscal
Presidente
Vogal
Vogal
3. Objectivos
A CerPorto tem como objectivos gerais o: Desenvolvimento
de iniciativas que visam a promoção económica e Sócio-cultural da população; Incentivo
à ocupação dos tempos livres; Integração
social de grupos excluídos e o atendimento
e acompanhamento social em rede com outros promotores sociais. A CerPorto na sua valência de C.A.T.L. pretende
dar resposta às crianças do Bairro do Cerco do Porto e têm por objectivo apoiar
as mesmas no horário não lectivo, através de actividades educativas específicas
extra-curriculares e de acordo com o Plano de Actividades aprovado em
Assembleia-geral da CerPorto, contribuir para uma maior participação social,
promover o bem-estar físico, psíquico e afectivo da criança. Em resumo, pretendemos fortalecer
as relações interpessoais entre as crianças e a comunidade; incentivar
à ocupação dos tempos livres; combater
percursos de vida desajustados; fomentar
a socialização e contribuir
para a melhoria das capacidades físicas e mentais da criança.
Com o Protocolo de R.S.I. a CerPorto pretende
apoiar 240 famílias beneficiárias da medida residentes na freguesia de
Campanhã. O Rendimento Social de Inserção consiste numa prestação pecuniária
para o agregado, que contribui para a satisfação das necessidades essenciais e,
num Contrato de Inserção, que favoreça a progressiva inserção laboral, social e
comunitária.
4. Serviços
4.1. Valência de C.A.T.L - Centro de Actividades de Tempos Livres
A Valência de C.A.T.L. encontra-se a funcionar na
Sede da Instituição, sita na Rua Cerco do Porto, Bloco 33, Entrada 1069,
Traseiras – 4300-117 Porto. A população que o C.A.T.L. pretende acolher são
crianças a partir dos 6 aos de idade, na sua grande maioria com uma retaguarda
familiar disfuncional, com grandes dificuldades económicas, sociais e
culturais. Os principais problemas sociais destas crianças
são o insucesso escolar bem como o absentismo e a falta de condições
habitacionais. O Centro de Actividades de Tempos Livres tem como objectivo
proporcionar experiências e oportunidades para o desenvolvimento harmonioso da
criança no domínio sócio-afectivo, psico-motor, e intelectual em estreita
colaboração com o meio de inserção da criança na família e na comunidade. As Actividades de Tempo Livre têm como principal objectivo, a integração pessoal da criança/jovem, a valorização do trabalho em grupo, recolha de saberes e histórias de vida das crianças. Primeiro a criança e as suas necessidades. Pretende assim proporcionar à criança/jovem, em colaboração com a família, a oportunidade de se desenvolver correcta e harmoniosamente, dando resposta às necessidades básicas desse progresso. Por outro lado, pretendemos igualmente dar aos pais a alternativa de poderem deixar os seus filhos entregues a alguém que com eles colabore na sua educação, sabendo os pais que os seus filhos são cuidados por pessoal altamente credível e qualificado. A ideia foi criar um espaço repleto de actividades diversas onde as crianças possam experimentar e criar novas actividades e também, porque não, um lugar onde se possa descansar depois de um dia de escola!
As crianças que frequentam o C.A.T.L. estão cobertas com seguro próprio, protocolado entre a Associação e uma seguradora. Ainda de referir que são de extrema importância os contactos entre os pais e encarregados de educação e as actividades desenvolvidas pelas crianças, bem como o seu envolvimento nas mesmas. Em ocasiões específicas, festivas ou outras, os pais e encarregados de educação participam e colaboram na preparação e execução das actividades desenvolvidas pela Instituição. A técnica responsável pelo C.A.T.L. está sempre disponível para receber os pais e encarregados de educação, para tratar de qualquer assunto relacionado com o C.A.T.L. ou questões de funcionamento da instituição. São convocadas reuniões de Pais e Encarregados de Educação com a Direcção da Instituição, sempre que qualquer das partes o achar necessário e justificável.
O C.A.T.L. - Clube Porta Aberta, como carinhosamente é apelidado, é um lugar divertido onde a brincar se aprende!
4.1.1. Objectivos Pedagógicos
O intuito do C.A.T.L. é incrementar e desenvolver
competências e capacidades na criança/jovem tendo em consideração o seu
carácter multifacetado, fomentando interdisciplinaridade e a
interculturalidade. Trata-se de um espaço que, para além da guarda
das crianças (função de acolhimento), promove actividades de complemento
curricular, estimulando componentes importantes no domínio da educação,
directamente orientadas para o desenvolvimento pessoal, social e cultural
da criança/jovem. Procura-se conciliar o
divertimento com actividades de carácter educativo, cultural e desportivo,
promovendo o contacto directo com a Natureza e o respeito pelo meio ambiente,
actividades essas desenvolvidas numa atmosfera criativa e enriquecedora que
representam uma alternativa saudável à rotina do dia-a-dia.
4.1.2. Apoios para o C.A.T.L
Os apoios que chegam à CerPorto, são apoios da: Segurança
Social (apoio económico); Quotas
dos Sócios; Comparticipações
dos utentes que frequentam o C.A.T.L.; Autarquia
(apoio económico e logístico).
4.1.3. Capacidade e Horário do C.A.T.L.
O C.A.T.L. tem capacidade para 40 utentes
inscritos. Funciona de Segunda a Sexta-feira das 9:00H às 12:00 e das 14:00H às
18:00H.
4.1.4. Recursos Humanos do C.A.T.L
Os recursos humanos existentes são: 1
Educadora Social; 1
Animadora sócio-cultural; 1
Empregada de Limpeza.
4.1.5. Condições de Admissão no C.A.T.L
Para
que uma criança/jovem seja admitida no C.A.T.L. deve estar dentro dos seguintes
requisitos: Estar
isento de doença infecto-contagiosa, tendo cumprido o programa de
vacinação de acordo com a idade; Ter
sido promovida a inscrição dentro do prazo e em cumprimento das
formalidades previstas no Regulamento; Poderão
ser admitidas crianças com deficiência desde que, em função da natureza e
grau da deficiência, o C.A.T.L. reúna condições para lhe prestar o devido
apoio. Deve o encarregado de educação entregar no C.A.T.L. um relatório
redigido pelo Médico, considerando a necessidade da criança.
4.1.6. Atividades realizadas
4.1.6.1.
Passeios e Visitas
Esta
é a actividade mais solicitada pelas crianças e que atrai mais participantes,
pois, permite-lhes visitar ou revisitar determinados locais do país. Paralelamente a esta situação estão planeadas outras deslocações, eventualmente
mensais, a locais mais próximos, tais como: Museus
(Carro Eléctrico, Imprensa, Romântico, Serralves, Fotografia, Infante, História Natural da Universidade do Porto, Indústria, Militar, entre outros); Exposições; Teatro; Cinema; Planetário; Shopping; Jardim
Zoológico; Parque
da Cidade. De acordo com o programa cultural da cidade vão
realizando os seus passeios e visitas.
4.1.6.2.
Teatro
Esta actividade desperta a criatividade de cada um, dando vida às histórias de
cada criança. Em cada época festiva, as crianças, com a ajuda da Animadora Social, apresentam
uma peça de teatro, fazendo ensaios prévios. Nestes ensaios, são preparadas as dramatizações,
coreografias, mímica, representações e a escolha das peças.
4.1.6.3. Trabalhos Manuais
Esta actividade incrementa o trabalho em grupo e a participação de todos. São
trabalhos que, por vezes, lhes trazem muitas lembranças, do dia-a-dia e que
partilham todos, com a mesma ternura. Estes trabalhos recaem sobre: Pintura; Montagens; Colagens; Enfeites.
4.1.6.4. Intercâmbios
A cooperação com outras instituições, é fundamental, para evitar o isolamento
das crianças e permite que a CerPorto, conheça outras formas de trabalho com
este grupo-alvo e dê a conhecer as suas.
4.1.6.5. Dança
Nos nossos
dias cada vez mais tomamos consciência da importância da dança como forma de
expressão do ser humano. A dança hoje
é percebida pelo seu valor em si, muito mais do que um passatempo, um
divertimento ou um ornamento. Na educação,
ela está voltada para o desenvolvimento global da criança e do adolescente e
vai favorecer todo o tipo de aprendizagem que eles necessitam. O objectivo
que se pretende atingir com a dança é que a criança ou adolescente aprenda a
descobrir-se através da exploração do próprio corpo e das qualidades de
movimento. Os tipos de dança preferidos são: Hip-Hop; Funk; Dança
do Ventre e Dança
de Rua.
4.1.6.6.
Festas na
CerPorto
As festas realizadas pela CerPorto, são festas nas quais participam sempre que possível, as colaboradoras, os sócios e os clientes, sendo este um momento de grande fraternidade e convívio. Sendo assim temos as seguintes festividades: Natal; Carnaval; Páscoa; Magusto; S.
João; Aniversário
da CerPorto; Aniversários das crianças e das colaboradoras, festas comunitárias, entre outras.
4.1.6.7. Época Balnear
Como é hábito na CerPorto, entre os meses de Junho e Agosto durante uma semana
(5 manhãs), as crianças, vão passar o dia numa Praia à escolha na zona de Vila
Nova de Gaia. A praia é escolhida 3 meses antes do início da
época balnear e é pedido o autocarro com antecedência para que na altura esteja
tudo pronto.
4.2. Protocolo de R.S.I - Rendimento Social de Inserção
O Protocolo de R.S.I. encontra-se a funcionar na
Filial, sita na Rua de Pedras Salgadas, N.º 104, Cave/Traseiras – 4300-399 Porto. Em Maio
de 2005, foi assinado Protocolo de R.S.I. entre a CerPorto e o CDSSN atualmente
designado por ISS. No dia 1 de Junho de 2005, iniciou a nova
resposta social, o Protocolo de Rendimento Social de Inserção – R.S.I.,
previsto no art. 37º da Lei 13/2003 de 21 de Maio, para desenvolver acções de
acompanhamento aos beneficiários de R.S.I.
4.2.1. Capacidade e Horário do Protocolo de R.S.I.
O número de agregados familiares abrangidos pelo
protocolo é de 240. Funciona de Segunda a Sexta-feira das 9:00H às 13:00H e das
14:00H às 17:00H.
4.2.2. Recursos Humanos do Protocolo de R.S.I.
A Equipa Técnica do Protocolo de R.S.I. é uma
equipa multidisciplinar composta por: 1
Educadora Social; 2
Assistentes Sociais; 1
Psicóloga; 4
Ajudantes de Acção Directa.
4.2.3. Função do Protocolo de R.S.I
As principais funções do Protocolo de R.S.I. são: Contribuir
para a dignificação das condições de vida das pessoas mais carenciadas; Contribuir
para a satisfação das suas necessidades essenciais; Promover
a autonomia social dos beneficiários, através de estratégias para a sua real
inserção social, laboral e comunitária. Para além do referido e das acções de
acompanhamento aos agregados familiares, a equipa técnica desenvolve
actividades, grupos de apoio e projectos dirigidos para esses agregados,
abrangendo diversas temáticas. Passamos a mencionar algumas actividades
desenvolvidas: Acções
de Formação na área do emprego (Técnicas de Procura de Emprego – T.P.E.); Acções
de Formação na área doméstica (Gestão Doméstica e Económica); Acções
de Formação na área da saúde (Saúde Materno-Infantil, Alcoolismo,
Toxicodependência, Educação Sexual, Primeiros Socorros…); Actividades
recreativas (no âmbito dos projectos desenvolvidos). De seguida, passamos a mencionar os projectos e
os grupos de apoio desenvolvidos: Projecto
do Bacelo: Caminhada da comunidade do Bacelo: das Barracas às Habitações
Sociais; Projecto:
Educar para Integrar; Grupo
de Apoio: Nós Activas; Grupo
de Apoio: Metamorfose; Grupo
de Apoio: O Meu Bebé, entre outros. Para além de todas as acções enumeradas, grupos
de apoio e projectos, a equipa articula com diversas entidades locais (Junta de
Freguesia, Câmara Municipal, Centros de Saúde, Hospital de S. João e Instituto
da Segurança Social, entre outras IPSS's), encaminhando os elementos dos
agregados para Cursos de Formação académica, Apoio Domiciliário, etc. Todas as acções desenvolvidas têm como principal
objectivo dar competências aos agregados familiares, permitindo a sua
integração profissional e social. De
referir também, o facto de a CerPorto se ter candidatado em Março de 2008 ao
Projecto Formativo - Formação para a Inclusão - do Programa Operacional
Potencial Humano - POPH. O
projecto foi aprovado com os seguintes cursos: Educação
para a Saúde; Cidadania,
Direitos e Igualdades; Construção
de Projectos Pessoais; Gestão
Económica; Gestão
Doméstica. Os
destinatários desta formação foram os beneficiários do Protocolo de R.S.I. e beneficiários
de outras instituições a enumerar: Junta de Freguesia de Campanhã e Segurança
Social. O
objectivo deste projecto formativo foi dotar os beneficiários de competências
básicas, ao nível pessoal, social, interpessoal e da saúde. A formação teve início
em Novembro e terminou em Dezembro de 2008.
4.2.4. Funções da Equipa Técnica
As funções da Equipa Técnica em traços muito
gerais passam por: Elaboração
de Contratos de Inserção: constitui parte integrante do relatório social onde
constam os elementos pertinentes para a decisão da atribuição da prestação; Elaboração
do Relatório Social: documento elaborado por um técnico que resulta de um
diagnóstico económico e social sobre o titular e os restantes membros do
agregado familiar; Negociação
e Elaboração do Contrato de Inserção: conjunto articulado de acções faseadas,
no tempo estabelecido, de acordo com as características e condições sociais e
económicas do agregado familiar. É seu objectivo principal a promoção de
condições necessárias à gradual e plena integração social do indivíduo e
agregado familiar. Acompanhamento
do Contrato de Inserção: análise e avaliação do desenvolvimento e concretização
das acções de inserção, permitindo o seu ajustamento ou correcção.
4.2.5. Apoios para o Protocolo de R.S.I
Os apoios que chegam à CerPorto, para este
protocolo são apoios da: Segurança
Social (apoio económico); Autarquia
(apoio económico e logístico).
5. O Papel dos Técnicos
5.1. Educadora Social
“A Educação consiste em dar ao
corpo e à alma toda a perfeição de que são capazes".
Platão
Tratando-se de um fenómeno que tem o seu
princípio e o seu fim voltados para a pessoa humana, a educação só pode ser
verdadeiramente compreendida e analisada sob enfoques que definem o próprio ser
humano, ou seja, deve ser analisado ao nível bio-psico-sócio-cultural.
Do ponto de vista biopsicológico, a educação tem
por objectivo levar o indivíduo a realizar as suas possibilidades intrínsecas, com
vistas à formação e ao desenvolvimento da sua personalidade. Sociologicamente,
a educação é um processo que tem por fim conservar e transmitir cultura,
actuando como importante instrumento e técnica social. Assim, em relação às necessidades individuais a
Educação social visa: Desenvolvimento
harmónico do corpo e do espírito; Desenvolvimento
emocional; Formação
do espírito crítico; Desenvolvimento
da capacidade criativa; Desenvolvimento
do espírito de iniciativa; Formação
estética; Formação
ética; Formação
moral; Desenvolvimento
das peculiaridades de cada pessoa; Assimilação
dos valores e técnicas fundamentais da cultura a que cada um pertence. No plano das necessidades sociais, os objectivos
da Educação Social são: Conservação
e transmissão cultural; Desenvolvimento
do senso de responsabilidade social; Formação
política para o pleno exercício da cidadania; Integração
social. Como a educação é um processo representado por
toda e qualquer influência sofrida pelo indivíduo, capaz de modificar-lhe o
comportamento, distinguem-se dois tipos de educação pelos quais essas
influências são exercidas e sentidas pelo educando, a hetero-educação e a
auto-educação. No primeiro tipo é quando as influências incidem
sobre o indivíduo independentemente da sua vontade. É aquele em que não há a
participação deliberada e intencional do próprio sujeito da educação, embora
ele seja levado inconscientemente a participar do processo. Na auto-educação, ao contrário, existe a
participação intencional do educando em procurar influências capazes de lhe
modificar o comportamento e submeter-se a elas, sendo este, um dos objectivos
que a Educação Social pretende atingir, pois os utentes devem ser actores do
seu próprio desenvolvimento e não meros beneficiários. Ainda no que respeita à educação, devem ser
referidas as funções educativas, que podem ser representadas por cinco
actividades, e que estarão integralmente contidas nas acções de educação em
centros sociais: estimulativa,
que busca atrair o indivíduo para participar do processo educativo; exercitativa,
condição para aquisição e formação de hábitos, assim como para a assimilação,
construção e reconstrução de experiências; orientadora,
que foca os aspectos de liberdade, autoridade, autonomia e independência; didáctica,
que se responsabiliza pela transmissão e veiculação dos conhecimentos; terapêutica,
que permite rectificar os eventuais descaminhos do processo educativo.
5.2. Assistente Social
A Assistente Social é a profissional que tem em
mente o bem-estar colectivo e a integração do indivíduo na sociedade. A sua
actuação é muito ampla: estará onde for necessário, orientando, planeando e
promovendo uma vida mais saudável – em todos os sentidos. Mesmo quando atende um indivíduo, a assistente
social está a trabalhar com um grupo social, pois entende que esta pessoa está
inserida num contexto no qual não se pode dissociar o individual do colectivo. Nesta instituição, por exemplo, a assistente social
actua incentivando a tomada de consciência dos integrantes. Isto significa
ajudá-los a perceber a sua capacidade de expansão e crescimento, para que
aprendam a satisfazer as suas necessidades e utilizar melhor os seus próprios
recursos. A Técnica Superior de Serviço Social, colaborará na resolução de problemas de
adaptação e readaptação social dos jovens, provocados por causas de ordem
social, física ou psicológica, através da mobilização de recursos internos e
externos, utilizando o estudo, a interpretação e o diagnóstico em relações
profissionais, individualizadas, de grupo ou de comunidade: procurando
detectar as necessidades dos jovens; estudando
com os jovens as soluções possíveis do seu problema, tais como, a
descoberta do equipamento social de que podem dispor, possibilidades de
estabelecer contractos com serviços sociais, obras de beneficência e
empregadores; colaborando
na resolução dos seus problemas, fomentando uma decisão responsável; ajudando
os jovens a utilizar o grupo a que pertencem para o seu próprio
desenvolvimento; orientando-os
para a realização de uma acção útil à sociedade, pondo em execução
programas que correspondem aos seus interesses; auxiliando
as famílias a resolverem os seus próprios problemas, tanto quanto possível
através dos seus próprios meios e a aproveitar os benefícios que os
diferentes serviços lhes oferecem. Efectuará também, trabalhos de investigação, em
ordem ao aperfeiçoamento dos métodos e técnicas profissionais e aplicará
processos de actuação, tais como, entrevistas, mobilização dos recursos da
comunidade, prospecção social, dinamização de potencialidades a nível
individual, interpessoal e intergrupal.
5.3. Psicóloga
A Técnica Superior de Psicologia estuda os fenómenos da mente e do
comportamento com o objectivo de orientar os indivíduos a enfrentar as suas
dificuldades emocionais e ajudá-los a encontrar o equilíbrio entre a razão e a
emoção.
5.4. Ajudante de Acção Directa
A Ajudante de Acção Directa é a profissional a
quem é atribuído um conjunto de tarefas ligadas ao trabalho com pessoas, na sua
maioria adultos e crianças, que recorrem a esta instituição. Tudo o que fazem passa pelo contacto directo com
as pessoas, quer estas se apresentem individualmente ou em grupo e tem em vista
o seu bem-estar. As competências desta profissional são desde logo
evidenciadas na recepção que faz ao utente e na forma como cria as condições de
acolhimento. São estas técnicas que asseguram o cumprimento de
diferentes funções, pondo em prática tarefas como: verificação das condições
habitacionais, gestão económica, entre outras. As Ajudantes de Acção Directa fazem um
acompanhamento regular e sistemático de cada um dos casos prioritários. Outra das suas funções mais importantes prende-se
com a higiene pessoal e habitacional e com o conforto dos utentes. Sempre que seja necessário, a Ajudante de Acção
Directa acompanha também o utente a diversos serviços, tais como, Autarquia,
Junta de Freguesia, SMAS, EDP, Centro de Saúde, Hospital, Mercearia, etc...
para que este se sinta apoiado, contudo, sempre com o intuito de promover a
autonomia futura do mesmo. Todas as acções da Ajudante de Acção Directa
passam pelo relacionamento interpessoal e por isso todas elas devem ser cumpridas
tendo em conta os pressupostos inerentes ao bem-estar do utente. É por isso
indispensável que estes profissionais demonstrem e desenvolvam competências
neste sentido.
Para concluir, todo o trabalho destas
profissionais, passa por acções de acompanhamento e, em muitas circunstâncias,
de principal apoio junto de pessoas e famílias beneficiárias de R.S.I.,
trabalhando na reprodução das suas motivações, no crescimento e bem-estar,
valorizando as competências e capacidades e promovendo a melhoria das suas condições
de vida. Procuram desenvolver um trabalho que é traçado a partir das
características e das aspirações dos indivíduos/famílias e não a partir das
expectativas que neles se colocam.
1. Introdução
O campo da Ação Social é por definição o espaço da solidariedade do voluntariado e da partilha responsável. As instituições particulares de solidariedade social – IPSS’s, são o exemplo vivo e atuante desse movimento imparável de pessoas, grupos que “fazem com que as coisas aconteçam” no mundo, começando pelo “mundo” próximo, a nossa aldeia, o nosso bairro, ou a nossa terra. A Acão Social executa-se essencialmente através destes agentes dinâmicos diversificados que fazem no quotidiano mais justiça social, contribuindo assim ativamente para a efetivação dos direitos sociais das pessoas, sobretudo das que têm menos acesso e menos oportunidades. Mas o momento é de mudança, não certamente de mudança nos objectivos, na missão que nos orienta e nos movimenta, que é a de construirmos todos os dias melhores condições de vida e possibilitar mais felicidade às pessoas e às famílias, mas na forma de fazer, de gerir e de estar das instituições. Desafio que se coloca aliás a todas as organizações públicas ou privadas. Lembremos o provérbio chinês que diz: "Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento." A nossa Instituição está atenta, quer ser útil, quer fazer mais e melhor, por isso pertence ao último grupo – os que constroem moinhos de vento, aproveitando os ventos da mudança para irem mais além. A CerPorto – Associação para o Desenvolvimento Comunitário do Cerco do Porto, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos e reconhecida como sendo uma Instituição de Utilidade Publica, registada na Direcção Geral de Acção Social no livro Nº 7 das Associações de Solidariedade Social sob o Nº 55/99 e iniciou a sua actividade em 21/07/1995. Está ao serviço da população do Bairro do Cerco do Porto e da Freguesia de Campanhã. Tem a Valência de C.A.T.L. – Centro de Actividades de Tempos Livres – e as instalações de que dispõem têm capacidade para 40 crianças diárias e tem um Protocolo de Rendimento Social de Inserção - R.S.I., que acompanha 240 famílias.
2. Caracterização da CerPorto
O campo da Ação Social é por definição o espaço da solidariedade do voluntariado e da partilha responsável. As instituições particulares de solidariedade social – IPSS’s, são o exemplo vivo e atuante desse movimento imparável de pessoas, grupos que “fazem com que as coisas aconteçam” no mundo, começando pelo “mundo” próximo, a nossa aldeia, o nosso bairro, ou a nossa terra. A Acão Social executa-se essencialmente através destes agentes dinâmicos diversificados que fazem no quotidiano mais justiça social, contribuindo assim ativamente para a efetivação dos direitos sociais das pessoas, sobretudo das que têm menos acesso e menos oportunidades. Mas o momento é de mudança, não certamente de mudança nos objectivos, na missão que nos orienta e nos movimenta, que é a de construirmos todos os dias melhores condições de vida e possibilitar mais felicidade às pessoas e às famílias, mas na forma de fazer, de gerir e de estar das instituições. Desafio que se coloca aliás a todas as organizações públicas ou privadas. Lembremos o provérbio chinês que diz: "Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento." A nossa Instituição está atenta, quer ser útil, quer fazer mais e melhor, por isso pertence ao último grupo – os que constroem moinhos de vento, aproveitando os ventos da mudança para irem mais além. A CerPorto – Associação para o Desenvolvimento Comunitário do Cerco do Porto, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos e reconhecida como sendo uma Instituição de Utilidade Publica, registada na Direcção Geral de Acção Social no livro Nº 7 das Associações de Solidariedade Social sob o Nº 55/99 e iniciou a sua actividade em 21/07/1995. Está ao serviço da população do Bairro do Cerco do Porto e da Freguesia de Campanhã. Tem a Valência de C.A.T.L. – Centro de Actividades de Tempos Livres – e as instalações de que dispõem têm capacidade para 40 crianças diárias e tem um Protocolo de Rendimento Social de Inserção - R.S.I., que acompanha 240 famílias.
2. Caracterização da CerPorto
2.1. Meio Sócio-cultural e Económico
A CerPorto encontra-se inserida e sedeada, no Bairro do Cerco do Porto, na Rua Cerco do Porto, Bloco 33, Entrada 1069, Traseiras na Freguesia de Campanhã. A freguesia de Campanhã, situada na zona oriental da cidade do Porto, constitui uma das zonas urbanas mais desfavorecidas da cidade. É, geograficamente, a maior freguesia da cidade (representa 1/5 da mesma), e a segunda mais populosa, com cerca de 40 mil habitantes. A sua localização periférica, associada a um conjunto de factores de ordem económica e social, contribuíram para a actual situação da freguesia. Programas consecutivos de realojamento, sem articulação com políticas urbanas mais globais e sem uma componente social, fizeram com que esta zona seja caracterizada pela existência de inúmeros bairros de habitação social, o que tem tido consequências negativas cada vez mais evidentes, em diversos domínios. Existem 13 Bairros Sociais em Campanhã, um total de cerca de 4000 fogos e uma estimativa de 12 mil habitantes a residir nesse contexto habitacional (segundo dados do Estudo Socioeconómico da Habitação Social – Porto, do Pelouro de Habitação e Acção Social da Câmara Municipal do Porto de 2001). Segundo dados do Programa Urban II (2001), a freguesia de Campanhã, concentra quase metade da habitação social da cidade do Porto, facto que tem criado situações críticas de ruptura social e obrigado a Câmara a uma intervenção intensiva, nos últimos anos. No que se refere ao Bairro do Cerco, onde está sedeada a CerPorto, este é hoje um espaço sobretudo de desemprego e de pessoas com ocupações que testemunham uma fragmentação do que era antigamente o operariado. A transmissão de testemunho que se fazia de avô para pai e de pai para filho em termos de profissão e de estilo de vida operária interrompeu-se. Temos hoje na geração mais nova muita gente desocupada e alguma dedicada a economias informais. Uma outra questão muito importante é o facto de, à conta do fenómeno droga, este bairro como tantos outros da freguesia, passou a ser visto pelo cidadão comum como sítio muito problemático, que só traz problemas à cidade. A isto chama-se estigma. A população do Bairro do Cerco do Porto caracteriza-se essencialmente por baixos níveis de escolaridade, abandono precoce da escola, profissões pouco qualificadas, precárias condições de trabalho, desemprego de curta e longa duração, más condições de habitabilidade, com problemas de saúde agravados pelas carências económicas e muitas vezes pela alimentação deficitária.Também assistimos a um aumento da população alcoólica, um aumento do abandono escolar e alguns sem-abrigo. Com habilitações académicas muito baixas e, muitas vezes com pouca ou nenhuma formação profissional, as famílias são potenciais desempregados, pela pouca experiência profissional, normalmente indiferenciadas e com grande dificuldade de colocação profissional, muitas delas já com sinais visíveis de desencorajamento e de desafeição pelo trabalho. São famílias marcadas pelo fenómeno da exclusão sob várias perspectivas, sem acesso a bens e serviços fundamentais, sem qualquer tipo de participação e poder, ocupando um lugar na sociedade, por vezes, muito desvalorizado socialmente, que provêm de estratos sociais muito baixos, tendo normalmente crescido e vivido em circuitos de marginalidade, em que a escola, a formação profissional, o emprego, os horários e as regras de conduta não existem, ou são muito ténues.
A CerPorto encontra-se inserida e sedeada, no Bairro do Cerco do Porto, na Rua Cerco do Porto, Bloco 33, Entrada 1069, Traseiras na Freguesia de Campanhã. A freguesia de Campanhã, situada na zona oriental da cidade do Porto, constitui uma das zonas urbanas mais desfavorecidas da cidade. É, geograficamente, a maior freguesia da cidade (representa 1/5 da mesma), e a segunda mais populosa, com cerca de 40 mil habitantes. A sua localização periférica, associada a um conjunto de factores de ordem económica e social, contribuíram para a actual situação da freguesia. Programas consecutivos de realojamento, sem articulação com políticas urbanas mais globais e sem uma componente social, fizeram com que esta zona seja caracterizada pela existência de inúmeros bairros de habitação social, o que tem tido consequências negativas cada vez mais evidentes, em diversos domínios. Existem 13 Bairros Sociais em Campanhã, um total de cerca de 4000 fogos e uma estimativa de 12 mil habitantes a residir nesse contexto habitacional (segundo dados do Estudo Socioeconómico da Habitação Social – Porto, do Pelouro de Habitação e Acção Social da Câmara Municipal do Porto de 2001). Segundo dados do Programa Urban II (2001), a freguesia de Campanhã, concentra quase metade da habitação social da cidade do Porto, facto que tem criado situações críticas de ruptura social e obrigado a Câmara a uma intervenção intensiva, nos últimos anos. No que se refere ao Bairro do Cerco, onde está sedeada a CerPorto, este é hoje um espaço sobretudo de desemprego e de pessoas com ocupações que testemunham uma fragmentação do que era antigamente o operariado. A transmissão de testemunho que se fazia de avô para pai e de pai para filho em termos de profissão e de estilo de vida operária interrompeu-se. Temos hoje na geração mais nova muita gente desocupada e alguma dedicada a economias informais. Uma outra questão muito importante é o facto de, à conta do fenómeno droga, este bairro como tantos outros da freguesia, passou a ser visto pelo cidadão comum como sítio muito problemático, que só traz problemas à cidade. A isto chama-se estigma. A população do Bairro do Cerco do Porto caracteriza-se essencialmente por baixos níveis de escolaridade, abandono precoce da escola, profissões pouco qualificadas, precárias condições de trabalho, desemprego de curta e longa duração, más condições de habitabilidade, com problemas de saúde agravados pelas carências económicas e muitas vezes pela alimentação deficitária.Também assistimos a um aumento da população alcoólica, um aumento do abandono escolar e alguns sem-abrigo. Com habilitações académicas muito baixas e, muitas vezes com pouca ou nenhuma formação profissional, as famílias são potenciais desempregados, pela pouca experiência profissional, normalmente indiferenciadas e com grande dificuldade de colocação profissional, muitas delas já com sinais visíveis de desencorajamento e de desafeição pelo trabalho. São famílias marcadas pelo fenómeno da exclusão sob várias perspectivas, sem acesso a bens e serviços fundamentais, sem qualquer tipo de participação e poder, ocupando um lugar na sociedade, por vezes, muito desvalorizado socialmente, que provêm de estratos sociais muito baixos, tendo normalmente crescido e vivido em circuitos de marginalidade, em que a escola, a formação profissional, o emprego, os horários e as regras de conduta não existem, ou são muito ténues.
2.2. Corpos Gerentes
Assembleia-geral
Presidente da Mesa
1.º Secretário
2.º Secretário
Direcção
Presidente
Vice-Presidente
1.º Secretário
Tesoureiro
Vogal
Conselho Fiscal
Presidente
Vogal
Vogal
3. Objectivos
A CerPorto tem como objectivos gerais o: Desenvolvimento
de iniciativas que visam a promoção económica e Sócio-cultural da população; Incentivo
à ocupação dos tempos livres; Integração
social de grupos excluídos e o atendimento
e acompanhamento social em rede com outros promotores sociais. A CerPorto na sua valência de C.A.T.L. pretende
dar resposta às crianças do Bairro do Cerco do Porto e têm por objectivo apoiar
as mesmas no horário não lectivo, através de actividades educativas específicas
extra-curriculares e de acordo com o Plano de Actividades aprovado em
Assembleia-geral da CerPorto, contribuir para uma maior participação social,
promover o bem-estar físico, psíquico e afectivo da criança. Em resumo, pretendemos fortalecer
as relações interpessoais entre as crianças e a comunidade; incentivar
à ocupação dos tempos livres; combater
percursos de vida desajustados; fomentar
a socialização e contribuir
para a melhoria das capacidades físicas e mentais da criança.
Com o Protocolo de R.S.I. a CerPorto pretende
apoiar 240 famílias beneficiárias da medida residentes na freguesia de
Campanhã. O Rendimento Social de Inserção consiste numa prestação pecuniária
para o agregado, que contribui para a satisfação das necessidades essenciais e,
num Contrato de Inserção, que favoreça a progressiva inserção laboral, social e
comunitária.
4. Serviços
4. Serviços
4.1. Valência de C.A.T.L - Centro de Actividades de Tempos Livres
A Valência de C.A.T.L. encontra-se a funcionar na
Sede da Instituição, sita na Rua Cerco do Porto, Bloco 33, Entrada 1069,
Traseiras – 4300-117 Porto. A população que o C.A.T.L. pretende acolher são
crianças a partir dos 6 aos de idade, na sua grande maioria com uma retaguarda
familiar disfuncional, com grandes dificuldades económicas, sociais e
culturais. Os principais problemas sociais destas crianças
são o insucesso escolar bem como o absentismo e a falta de condições
habitacionais. O Centro de Actividades de Tempos Livres tem como objectivo
proporcionar experiências e oportunidades para o desenvolvimento harmonioso da
criança no domínio sócio-afectivo, psico-motor, e intelectual em estreita
colaboração com o meio de inserção da criança na família e na comunidade. As Actividades de Tempo Livre têm como principal objectivo, a integração pessoal da criança/jovem, a valorização do trabalho em grupo, recolha de saberes e histórias de vida das crianças. Primeiro a criança e as suas necessidades. Pretende assim proporcionar à criança/jovem, em colaboração com a família, a oportunidade de se desenvolver correcta e harmoniosamente, dando resposta às necessidades básicas desse progresso. Por outro lado, pretendemos igualmente dar aos pais a alternativa de poderem deixar os seus filhos entregues a alguém que com eles colabore na sua educação, sabendo os pais que os seus filhos são cuidados por pessoal altamente credível e qualificado. A ideia foi criar um espaço repleto de actividades diversas onde as crianças possam experimentar e criar novas actividades e também, porque não, um lugar onde se possa descansar depois de um dia de escola!
As crianças que frequentam o C.A.T.L. estão cobertas com seguro próprio, protocolado entre a Associação e uma seguradora. Ainda de referir que são de extrema importância os contactos entre os pais e encarregados de educação e as actividades desenvolvidas pelas crianças, bem como o seu envolvimento nas mesmas. Em ocasiões específicas, festivas ou outras, os pais e encarregados de educação participam e colaboram na preparação e execução das actividades desenvolvidas pela Instituição. A técnica responsável pelo C.A.T.L. está sempre disponível para receber os pais e encarregados de educação, para tratar de qualquer assunto relacionado com o C.A.T.L. ou questões de funcionamento da instituição. São convocadas reuniões de Pais e Encarregados de Educação com a Direcção da Instituição, sempre que qualquer das partes o achar necessário e justificável.
O C.A.T.L. - Clube Porta Aberta, como carinhosamente é apelidado, é um lugar divertido onde a brincar se aprende!
4.1.1. Objectivos Pedagógicos
O intuito do C.A.T.L. é incrementar e desenvolver
competências e capacidades na criança/jovem tendo em consideração o seu
carácter multifacetado, fomentando interdisciplinaridade e a
interculturalidade. Trata-se de um espaço que, para além da guarda
das crianças (função de acolhimento), promove actividades de complemento
curricular, estimulando componentes importantes no domínio da educação,
directamente orientadas para o desenvolvimento pessoal, social e cultural
da criança/jovem. Procura-se conciliar o
divertimento com actividades de carácter educativo, cultural e desportivo,
promovendo o contacto directo com a Natureza e o respeito pelo meio ambiente,
actividades essas desenvolvidas numa atmosfera criativa e enriquecedora que
representam uma alternativa saudável à rotina do dia-a-dia.
4.1.2. Apoios para o C.A.T.L
Os apoios que chegam à CerPorto, são apoios da: Segurança
Social (apoio económico); Quotas
dos Sócios; Comparticipações
dos utentes que frequentam o C.A.T.L.; Autarquia
(apoio económico e logístico).
4.1.3. Capacidade e Horário do C.A.T.L.
O C.A.T.L. tem capacidade para 40 utentes
inscritos. Funciona de Segunda a Sexta-feira das 9:00H às 12:00 e das 14:00H às
18:00H.
4.1.4. Recursos Humanos do C.A.T.L
Os recursos humanos existentes são: 1
Educadora Social; 1
Animadora sócio-cultural; 1
Empregada de Limpeza.
4.1.5. Condições de Admissão no C.A.T.L
Para
que uma criança/jovem seja admitida no C.A.T.L. deve estar dentro dos seguintes
requisitos: Estar
isento de doença infecto-contagiosa, tendo cumprido o programa de
vacinação de acordo com a idade; Ter
sido promovida a inscrição dentro do prazo e em cumprimento das
formalidades previstas no Regulamento; Poderão
ser admitidas crianças com deficiência desde que, em função da natureza e
grau da deficiência, o C.A.T.L. reúna condições para lhe prestar o devido
apoio. Deve o encarregado de educação entregar no C.A.T.L. um relatório
redigido pelo Médico, considerando a necessidade da criança.
4.1.6. Atividades realizadas
4.1.6.1.
Passeios e Visitas
Esta
é a actividade mais solicitada pelas crianças e que atrai mais participantes,
pois, permite-lhes visitar ou revisitar determinados locais do país. Paralelamente a esta situação estão planeadas outras deslocações, eventualmente
mensais, a locais mais próximos, tais como: Museus
(Carro Eléctrico, Imprensa, Romântico, Serralves, Fotografia, Infante, História Natural da Universidade do Porto, Indústria, Militar, entre outros); Exposições; Teatro; Cinema; Planetário; Shopping; Jardim
Zoológico; Parque
da Cidade. De acordo com o programa cultural da cidade vão
realizando os seus passeios e visitas.
4.1.6.2.
Teatro
Esta actividade desperta a criatividade de cada um, dando vida às histórias de
cada criança. Em cada época festiva, as crianças, com a ajuda da Animadora Social, apresentam
uma peça de teatro, fazendo ensaios prévios. Nestes ensaios, são preparadas as dramatizações,
coreografias, mímica, representações e a escolha das peças.
4.1.6.3. Trabalhos Manuais
Esta actividade incrementa o trabalho em grupo e a participação de todos. São
trabalhos que, por vezes, lhes trazem muitas lembranças, do dia-a-dia e que
partilham todos, com a mesma ternura. Estes trabalhos recaem sobre: Pintura; Montagens; Colagens; Enfeites.
4.1.6.4. Intercâmbios
A cooperação com outras instituições, é fundamental, para evitar o isolamento
das crianças e permite que a CerPorto, conheça outras formas de trabalho com
este grupo-alvo e dê a conhecer as suas.
4.1.6.5. Dança
Nos nossos
dias cada vez mais tomamos consciência da importância da dança como forma de
expressão do ser humano. A dança hoje
é percebida pelo seu valor em si, muito mais do que um passatempo, um
divertimento ou um ornamento. Na educação,
ela está voltada para o desenvolvimento global da criança e do adolescente e
vai favorecer todo o tipo de aprendizagem que eles necessitam. O objectivo
que se pretende atingir com a dança é que a criança ou adolescente aprenda a
descobrir-se através da exploração do próprio corpo e das qualidades de
movimento. Os tipos de dança preferidos são: Hip-Hop; Funk; Dança
do Ventre e Dança
de Rua.
4.1.6.6.
Festas na
CerPorto
As festas realizadas pela CerPorto, são festas nas quais participam sempre que possível, as colaboradoras, os sócios e os clientes, sendo este um momento de grande fraternidade e convívio. Sendo assim temos as seguintes festividades: Natal; Carnaval; Páscoa; Magusto; S.
João; Aniversário
da CerPorto; Aniversários das crianças e das colaboradoras, festas comunitárias, entre outras.4.1.6.7. Época Balnear
Como é hábito na CerPorto, entre os meses de Junho e Agosto durante uma semana (5 manhãs), as crianças, vão passar o dia numa Praia à escolha na zona de Vila Nova de Gaia. A praia é escolhida 3 meses antes do início da época balnear e é pedido o autocarro com antecedência para que na altura esteja tudo pronto.
4.2. Protocolo de R.S.I - Rendimento Social de Inserção
O Protocolo de R.S.I. encontra-se a funcionar na Filial, sita na Rua de Pedras Salgadas, N.º 104, Cave/Traseiras – 4300-399 Porto. Em Maio de 2005, foi assinado Protocolo de R.S.I. entre a CerPorto e o CDSSN atualmente designado por ISS. No dia 1 de Junho de 2005, iniciou a nova resposta social, o Protocolo de Rendimento Social de Inserção – R.S.I., previsto no art. 37º da Lei 13/2003 de 21 de Maio, para desenvolver acções de acompanhamento aos beneficiários de R.S.I.
4.2.1. Capacidade e Horário do Protocolo de R.S.I.
O número de agregados familiares abrangidos pelo protocolo é de 240. Funciona de Segunda a Sexta-feira das 9:00H às 13:00H e das 14:00H às 17:00H.
4.2.2. Recursos Humanos do Protocolo de R.S.I.
A Equipa Técnica do Protocolo de R.S.I. é uma equipa multidisciplinar composta por: 1 Educadora Social; 2 Assistentes Sociais; 1 Psicóloga; 4 Ajudantes de Acção Directa.
4.2.3. Função do Protocolo de R.S.I
As principais funções do Protocolo de R.S.I. são: Contribuir para a dignificação das condições de vida das pessoas mais carenciadas; Contribuir para a satisfação das suas necessidades essenciais; Promover a autonomia social dos beneficiários, através de estratégias para a sua real inserção social, laboral e comunitária. Para além do referido e das acções de acompanhamento aos agregados familiares, a equipa técnica desenvolve actividades, grupos de apoio e projectos dirigidos para esses agregados, abrangendo diversas temáticas. Passamos a mencionar algumas actividades desenvolvidas: Acções de Formação na área do emprego (Técnicas de Procura de Emprego – T.P.E.); Acções de Formação na área doméstica (Gestão Doméstica e Económica); Acções de Formação na área da saúde (Saúde Materno-Infantil, Alcoolismo, Toxicodependência, Educação Sexual, Primeiros Socorros…); Actividades recreativas (no âmbito dos projectos desenvolvidos). De seguida, passamos a mencionar os projectos e os grupos de apoio desenvolvidos: Projecto do Bacelo: Caminhada da comunidade do Bacelo: das Barracas às Habitações Sociais; Projecto: Educar para Integrar; Grupo de Apoio: Nós Activas; Grupo de Apoio: Metamorfose; Grupo de Apoio: O Meu Bebé, entre outros. Para além de todas as acções enumeradas, grupos de apoio e projectos, a equipa articula com diversas entidades locais (Junta de Freguesia, Câmara Municipal, Centros de Saúde, Hospital de S. João e Instituto da Segurança Social, entre outras IPSS's), encaminhando os elementos dos agregados para Cursos de Formação académica, Apoio Domiciliário, etc. Todas as acções desenvolvidas têm como principal objectivo dar competências aos agregados familiares, permitindo a sua integração profissional e social. De referir também, o facto de a CerPorto se ter candidatado em Março de 2008 ao Projecto Formativo - Formação para a Inclusão - do Programa Operacional Potencial Humano - POPH. O projecto foi aprovado com os seguintes cursos: Educação para a Saúde; Cidadania, Direitos e Igualdades; Construção de Projectos Pessoais; Gestão Económica; Gestão Doméstica. Os destinatários desta formação foram os beneficiários do Protocolo de R.S.I. e beneficiários de outras instituições a enumerar: Junta de Freguesia de Campanhã e Segurança Social. O objectivo deste projecto formativo foi dotar os beneficiários de competências básicas, ao nível pessoal, social, interpessoal e da saúde. A formação teve início em Novembro e terminou em Dezembro de 2008.
4.2.4. Funções da Equipa Técnica
As funções da Equipa Técnica em traços muito gerais passam por: Elaboração de Contratos de Inserção: constitui parte integrante do relatório social onde constam os elementos pertinentes para a decisão da atribuição da prestação; Elaboração do Relatório Social: documento elaborado por um técnico que resulta de um diagnóstico económico e social sobre o titular e os restantes membros do agregado familiar; Negociação e Elaboração do Contrato de Inserção: conjunto articulado de acções faseadas, no tempo estabelecido, de acordo com as características e condições sociais e económicas do agregado familiar. É seu objectivo principal a promoção de condições necessárias à gradual e plena integração social do indivíduo e agregado familiar. Acompanhamento do Contrato de Inserção: análise e avaliação do desenvolvimento e concretização das acções de inserção, permitindo o seu ajustamento ou correcção.
4.2.5. Apoios para o Protocolo de R.S.I
Os apoios que chegam à CerPorto, para este protocolo são apoios da: Segurança Social (apoio económico); Autarquia (apoio económico e logístico).
5. O Papel dos Técnicos
5.1. Educadora Social
“A Educação consiste em dar ao corpo e à alma toda a perfeição de que são capazes".
Platão
Tratando-se de um fenómeno que tem o seu
princípio e o seu fim voltados para a pessoa humana, a educação só pode ser
verdadeiramente compreendida e analisada sob enfoques que definem o próprio ser
humano, ou seja, deve ser analisado ao nível bio-psico-sócio-cultural.
Do ponto de vista biopsicológico, a educação tem
por objectivo levar o indivíduo a realizar as suas possibilidades intrínsecas, com
vistas à formação e ao desenvolvimento da sua personalidade. Sociologicamente,
a educação é um processo que tem por fim conservar e transmitir cultura,
actuando como importante instrumento e técnica social. Assim, em relação às necessidades individuais a
Educação social visa: Desenvolvimento
harmónico do corpo e do espírito; Desenvolvimento
emocional; Formação
do espírito crítico; Desenvolvimento
da capacidade criativa; Desenvolvimento
do espírito de iniciativa; Formação
estética; Formação
ética; Formação
moral; Desenvolvimento
das peculiaridades de cada pessoa; Assimilação
dos valores e técnicas fundamentais da cultura a que cada um pertence. No plano das necessidades sociais, os objectivos
da Educação Social são: Conservação
e transmissão cultural; Desenvolvimento
do senso de responsabilidade social; Formação
política para o pleno exercício da cidadania; Integração
social. Como a educação é um processo representado por
toda e qualquer influência sofrida pelo indivíduo, capaz de modificar-lhe o
comportamento, distinguem-se dois tipos de educação pelos quais essas
influências são exercidas e sentidas pelo educando, a hetero-educação e a
auto-educação. No primeiro tipo é quando as influências incidem
sobre o indivíduo independentemente da sua vontade. É aquele em que não há a
participação deliberada e intencional do próprio sujeito da educação, embora
ele seja levado inconscientemente a participar do processo. Na auto-educação, ao contrário, existe a
participação intencional do educando em procurar influências capazes de lhe
modificar o comportamento e submeter-se a elas, sendo este, um dos objectivos
que a Educação Social pretende atingir, pois os utentes devem ser actores do
seu próprio desenvolvimento e não meros beneficiários. Ainda no que respeita à educação, devem ser
referidas as funções educativas, que podem ser representadas por cinco
actividades, e que estarão integralmente contidas nas acções de educação em
centros sociais: estimulativa,
que busca atrair o indivíduo para participar do processo educativo; exercitativa,
condição para aquisição e formação de hábitos, assim como para a assimilação,
construção e reconstrução de experiências; orientadora,
que foca os aspectos de liberdade, autoridade, autonomia e independência; didáctica,
que se responsabiliza pela transmissão e veiculação dos conhecimentos; terapêutica,
que permite rectificar os eventuais descaminhos do processo educativo.
5.2. Assistente Social
5.2. Assistente Social
A Assistente Social é a profissional que tem em
mente o bem-estar colectivo e a integração do indivíduo na sociedade. A sua
actuação é muito ampla: estará onde for necessário, orientando, planeando e
promovendo uma vida mais saudável – em todos os sentidos. Mesmo quando atende um indivíduo, a assistente
social está a trabalhar com um grupo social, pois entende que esta pessoa está
inserida num contexto no qual não se pode dissociar o individual do colectivo. Nesta instituição, por exemplo, a assistente social
actua incentivando a tomada de consciência dos integrantes. Isto significa
ajudá-los a perceber a sua capacidade de expansão e crescimento, para que
aprendam a satisfazer as suas necessidades e utilizar melhor os seus próprios
recursos. A Técnica Superior de Serviço Social, colaborará na resolução de problemas de
adaptação e readaptação social dos jovens, provocados por causas de ordem
social, física ou psicológica, através da mobilização de recursos internos e
externos, utilizando o estudo, a interpretação e o diagnóstico em relações
profissionais, individualizadas, de grupo ou de comunidade: procurando
detectar as necessidades dos jovens; estudando
com os jovens as soluções possíveis do seu problema, tais como, a
descoberta do equipamento social de que podem dispor, possibilidades de
estabelecer contractos com serviços sociais, obras de beneficência e
empregadores; colaborando
na resolução dos seus problemas, fomentando uma decisão responsável; ajudando
os jovens a utilizar o grupo a que pertencem para o seu próprio
desenvolvimento; orientando-os
para a realização de uma acção útil à sociedade, pondo em execução
programas que correspondem aos seus interesses; auxiliando
as famílias a resolverem os seus próprios problemas, tanto quanto possível
através dos seus próprios meios e a aproveitar os benefícios que os
diferentes serviços lhes oferecem. Efectuará também, trabalhos de investigação, em
ordem ao aperfeiçoamento dos métodos e técnicas profissionais e aplicará
processos de actuação, tais como, entrevistas, mobilização dos recursos da
comunidade, prospecção social, dinamização de potencialidades a nível
individual, interpessoal e intergrupal.
5.3. Psicóloga
5.3. Psicóloga
A Técnica Superior de Psicologia estuda os fenómenos da mente e do
comportamento com o objectivo de orientar os indivíduos a enfrentar as suas
dificuldades emocionais e ajudá-los a encontrar o equilíbrio entre a razão e a
emoção.
5.4. Ajudante de Acção Directa
5.4. Ajudante de Acção Directa
A Ajudante de Acção Directa é a profissional a
quem é atribuído um conjunto de tarefas ligadas ao trabalho com pessoas, na sua
maioria adultos e crianças, que recorrem a esta instituição. Tudo o que fazem passa pelo contacto directo com
as pessoas, quer estas se apresentem individualmente ou em grupo e tem em vista
o seu bem-estar. As competências desta profissional são desde logo
evidenciadas na recepção que faz ao utente e na forma como cria as condições de
acolhimento. São estas técnicas que asseguram o cumprimento de
diferentes funções, pondo em prática tarefas como: verificação das condições
habitacionais, gestão económica, entre outras. As Ajudantes de Acção Directa fazem um
acompanhamento regular e sistemático de cada um dos casos prioritários. Outra das suas funções mais importantes prende-se
com a higiene pessoal e habitacional e com o conforto dos utentes. Sempre que seja necessário, a Ajudante de Acção
Directa acompanha também o utente a diversos serviços, tais como, Autarquia,
Junta de Freguesia, SMAS, EDP, Centro de Saúde, Hospital, Mercearia, etc...
para que este se sinta apoiado, contudo, sempre com o intuito de promover a
autonomia futura do mesmo. Todas as acções da Ajudante de Acção Directa
passam pelo relacionamento interpessoal e por isso todas elas devem ser cumpridas
tendo em conta os pressupostos inerentes ao bem-estar do utente. É por isso
indispensável que estes profissionais demonstrem e desenvolvam competências
neste sentido.
Para concluir, todo o trabalho destas
profissionais, passa por acções de acompanhamento e, em muitas circunstâncias,
de principal apoio junto de pessoas e famílias beneficiárias de R.S.I.,
trabalhando na reprodução das suas motivações, no crescimento e bem-estar,
valorizando as competências e capacidades e promovendo a melhoria das suas condições
de vida. Procuram desenvolver um trabalho que é traçado a partir das
características e das aspirações dos indivíduos/famílias e não a partir das
expectativas que neles se colocam.
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